As minas de Antônio Pereira

Por Denise Bergamo Extraído do dicionário de língua portuguesa “Gíria 1. Linguagem característica de um grupo profissional ou sociocultural. =JARGÃO 2. Linguagem usada por determinado grupo, geralmente incompreensívelpara quem não pertence ao grupo e que serve também como meio derealçar a sua especificidade. 3. Linguagem considerada grosseira ou rude. = CALÃO 4. [Figurado] Manha, esperteza, astúcia. 5. Circunlocução .afetada.” Todo o conjunto de residências e comércio que cresce a ponto de ser mais que um bairro e menos que um município é considerado distrito, pois bem, com essa definição sucinta sobre o que vêm a ser um distrito, falarei sobre. A extensão geográfica de Minas Gerais é, ressaltando a perspectiva empirista que tenho, por isso falha ou fragmentada, absurda. Há mais terra que cidades, uma prova disso são os distritos que cercam as cidades que por sua vez são cerceadas por infinidades de hectares de terras com os mais diversos fins, entre eles a conhecida pecuária, seguida da plantação de eucaliptos e bananas, como também as lavouras de subsistência e claro a mata nativa

Moiô: A ressignificação dos estabelecimentos comerciais nas favelas

Por Denise Bergamo “A continuidade implica necessariamente a alteração.” Ferdinand di Saussure É fabulosa a dinâmica da língua na sociedade. Observando dentro das favelas e periferias ela se torna mais ainda, pois ela é multifacetada de um modo peculiar. Pelo regionalismo em dupla perspectiva: seja pela origem da família periférica, ou pela localização da periferia em bairro, distrito, cidade, estado; pela idade; pelos preferenciais na arte, na música, dança e em cada uma dessas artes seus estilos, etc. Muito do vocabulário que era usado em determinada época pode voltar a ser usado com os mesmos significados ou pode transmutar-se para o fenômeno conotativo e dele até partir para os famosos neologismos e tudo sempre na forma coloquial, tanto na fala quanto na escrita,

Os movimentos são da base: Passe livre integraliza seu movimento junto às reivindicações do poder popular

Por Denise Bergamo da Rosa Foto: Ninja “Pisa ligeiro, pisa ligeiro, quem não pode com a formiga não mexe como formigueiro”. Capão Redondo 25/06/2013 Há muitos dedos quando se fala em Capão Redondo, Campo Limpo, Guaianazes, Ângela... Nem todos os movimentos entram, a mídia tem um interesse “especial” por essas demandas sociais. Percebe-se que há, muito ao contrário do que se fala, dentro destes bairros/distritos, uma organização impressionante e de caráter político fortíssimo. São bem assessorados, e que ninguém aqui é bobo não, muitos advogados fazem carreira assistindo os movimentos de periferia, seja lá via defensoria pública ou o tal do humanitarismo. Nota-se também que os movimentos estudantis de ensino superior público, ora veja que engraçado, estão sempre procurando estar junto a esses movimentos, somando as

Não é hora de sair do movimento

Por Giuseppe Cocco, no facebook Esquematicamente, faço um balanço depois das manifestações de quinta-feira, 20 de junho de 2013, a partir da experiência no Rio de Janeiro: 1) A partir de ontem o movimento pelo passe livre “passou” a ser outra coisa. Realmente monstruosa e o monstro é horrível e belo ao mesmo tempo. 2) Essa outra coisa ninguém sabe o que é e está totalmente em disputa. O fato que as agremiações de esquerda tenham sido agredidas não significa que o movimento seja de direita. Foram agredidas por pequenos grupos, mas no meio de uma hostilidade geral à politica, ao mesmo tempo em que as organizações populares passeavam tranquilamente. O que é certo é que o movimento coloca em crise todas as representações políticas e os planos de governo, político-partidários,

Viva a revolução chegou

Por Denise Bergamo da Rosa Foto - Francisco Valdean Vintém, Sabinada, cabanagem, vacina, chibata, Canudos, Farrapos, Palmares... Suas motivações são as nossas motivações. Insurreições sobre o intolerável, a legitimidade da indignação, a revolta dos legítimos, da catraca. E que a história desenha o caos, a barbárie em seus ciclos, como disse um revolucionário carioca, fica mais claro, o insustentável como subsidio para o levante do adormecido. O gigante está acordando... Diante tantas e tantas demonstrações de “cagagadas” para a opinião pública, o limite do tolerável contra a impunidade e as representações no mínimo engraçadas para não dizer filhas da puta, não são apenas um estopim, mas a soma de um apanhado de descaso, de descrédito de desentendimentos políticos e DEMOcráticos advindos de uma reDEMOcratização que

Manifesto Companhia Brasileira de Cinema Barato

Os latifundiários do audiovisual brasileiro, que durante anos, ditaram uma formula milionária e excludente, cultivando um sistema que só eles através de mamatas patrocinadas pela maquina governamental, transformaram não só o cinema e televisão, mas sim todo o audiovisual, em um clube fechado onde só os filhos da elite, os abastados podiam frequentar, vem mudando radicalmente. Hoje, o audiovisual tendo em vista o novo modelo de plataforma que o mundo desenvolveu, continua aperfeiçoando, e que o Brasil, antenado com essa nova tecnologia, vem desenvolvendo, para que aqueles rejeitados, enjeitados, os filhos dos guetos, das favelas e das periferias, pudessem ter a oportunidade de expor sua visão, através de um novo sistema barato de captação de imagens. Fazendo com que um movimento de