
Ao som de um genuíno “chorinho”, quem prestigiou o lançamento do livro de Sérgio Vaz – Literatura, Pão e Poesia, na Livraria Folha Seca, terça feira, no Centro do Rio, não teve do que reclamar.
A música brasileira serviu de “esquenta” durante quase todo o evento, que lotou a livraria. Os acordes combinaram com o ambiente, a temperatura e o céu estrelado. Sérgio, o artista periférico, estava visivelmente emocionado com a boa receptividade do trabalho e fez questão de agradecer a todos.
Bobagem, Sérgio, nós é que fomos agradecer a sua disposição em dividir conosco suas experiências e pontos de vista sobre o universo invisível que nos cerca, seja em São Paulo, sua cidade, ou no Rio de Janeiro, sua morada por uma noite.
O Poeta
Sérgio Vaz não começou ontem. Ativista das ações e das palavras, impulsionador de uma literatura “dita” de periferia, Vaz procura enquadrar o “lugar”, o território, sua São Paulo, como personagem principal do que escreve, misturando palavras, particularidades e contextos, mas retratando a realidade forte e verdadeira deste espaço que explora. Um verdadeiro artista da letra paulistana, se é que se pode escrever assim.
Ao final do evento, o poeta convidou os presentes para o segundo tempo da festa de lançamento: um delicioso sarau, quando declamou alguns poemas o que, aliás, incluiuo meu preferido, “Os Miseráveis”. Para encerrar, Sérgio não deixou na paisagem os dez anos da morte do “rapper” Sabotage, e declamou “O Invasor”. Noite de Ouro.
Parabéns, Poeta Sérgio, pelo que você já fez e, também, pelo que ainda vai nos brindar, com as verdades, com as sutilezas e ironias, fundamentais para a nossa vida prática de todos os dias. Um livro de sobrevivência para o entendimento de certas coisas.
