CRÍTICAS, NÃO. OBSERVÂNCIAS – CIDINHA DA SILVA EM: RACISMO NO BRASIL E AFETOS CORRELATOS

CRÍTICAS, NÃO. OBSERVÂNCIAS Por Denise Bergamo CIDINHA DA SILVA EM: RACISMO NO BRASIL E AFETOS CORRELATOS Há tempos que me distanciei dos estudos de crítica literária, o saldo positivo que isso me dá, é que me livrei dos jargões cri-cris, mas em contraposição posso não dar o fino trato que a obra em questão merece. Analisemos primeiramente o título, é uma assertiva emblemática de que por aqui, se pôs fim ao mito da democracia racial, logo de entrada Cidinha nos deixa o recado e para que fique bem claro Iansã está divinamente com seus dois chifres de boi a postos na capa, para fazer perceber os mais desavisados, na altura dos olhos para o início franco de um diálogo. Sempre atenta aos meios de comunicação,

Turnê de lançamento Baú de miudezas, sol e chuva de Cidinha da Silva

A prosadora, como gosta de se definir, Cidinha da Silva apresenta ao público mais um fruto de sua profícua carreira de escritora, iniciada em 2006. Desde então, são oito livros, contando com este último, que passeiam por contos, textos opinativos, crônicas, narrativas infantis.... E são sobretudo crônicas, ou, como percebe o olhar aguçado da prefaciadora Grace Passô, “poesia transfigurada em crônicas”, que formam o consistente recheio de Baú de Miudezas, Sol e Chuva, lançamento da Mazza Edições, mesma editora na qual Cidinha da Silva começou sua trilha literária. O interior de Baú guarda 41 miudezas, e não por serem as crônicas, em sua maioria, pequenas em tamanho. Miudezas em função de outra acepção que esta palavra encerra: delicadeza. Essa qualidade

Cidinha – A escritora que escreve como quem trança ou destrança cabelos

Cidinha da Silva é prosadora. Tem dois livros de histórias curtas publicados pela Mazza Edições: "Cada Tridente em Seu Lugar" (2007, 3a edição) e "Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!" (2008). Também a novela juvenil, "Os nove pentes d'África" (2009). Publicou em 2011: "Kuami" (romance infantil, Nandyala); "O mar de Manu" (conto, Kuanza Produções) e "Oh, margem! Reinventa os rios" (crônica, Literatura Marginal). No total há 23.000 exemplares de seus livros individuais circulando por mãos e estantes. Participa da coletânea "Questão de pele", organizada por Luiz Ruffato para a editora Língua Geral, com o texto "Dublê de Ogum". É uma das 100 autoras e autores negros, cuja obra foi analisada na coletânea “Literatura e Afro descendência: antologia crítica” (Org. Eduardo