Mixtape “Solo” é o conflito do palhaço triste de Lester

A segunda mixtape de Lester pela Artefato mostra seu lado mais pessoal, seus conflitos internos e dúvidas, explorando do seu lado melancólico até o lado mais feliz.

Nascido em São Paulo e radicado em Osasco, Lester começou a rimar e gravar de forma amadora em meados de 2007. O rapper lançou dois trabalhos autorais (“Lestertape – 2013”, “Ao Que Tudo Indica Agora Vai – 2015”) rendendo boas críticas em diversas mídias especializadas em Rap. Com o convite para participar da Liga Nocaute, batalha de MCs organizada pela Artefato, Lester ganhou destaque por suas rimas fora do padrão, senso de humor e as punchlines que se tornaram sua marca registrada. Agora mais maduro, seu primeiro grande trabalho pela Artefato promete ser o seu registro mais introspectivo.

O Conceito de SOLO

Existe todo um conceito por trás do nome Solo. Solo é a terra onde nós pisamos e vivemos, é onde temos que manter nossos pés. Solo é o momento da música em que um músico se destaca perante aos demais, é o momento de brilhar individualmente. Solo também significa sozinho. E mais do que estar sozinho, é sobre se sentir sozinho, sobre solidão, depressão e autoconhecimento. Tudo isso é sintetizado ao longo da mixtape onde Lester vai rimando sozinho em cima dos beats, sem tentar ser o que não é, sendo apenas ele mesmo, por mais que isso possa doer, sem abandonar a sua técnica apurada em trocadilhos, punchlines e rimas multi silábicas.

Mixtape Solo

Conhecido por seu senso de humor, agora vemos um Lester diferente, vivendo o conflito do palhaço triste sem medo de expor seus medos e também seu lado mais confiante. O trajeto entre as músicas não parece linear no começo, os beats e a voz de Lester apresentam ruídos, distorções e o objetivo é que você fique envolvido por isso, sinta a energia das tracks e do eu-lírico presente nelas, tendo assim uma experiência sinestésica ao ouvir a obra por completo. A mixtape foi toda gravada, mixada e masterizada na Artefato. A direção musical fica por conta de NEGUS e as produções dos beats foram feitas por Egydiio, Policeno, Card, Level Beat e STYLZ e LR Beats. A arte da capa fica por conta de Lucas Rodrigues em parceria com o artista plástico Fire, The Creator.

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