Canal Plá lança mapa com 100 locais de produções e ações artístico-culturais audiovisuais na 8ª edição do MoLA, neste sábado, no Circo Voador

Veículo de mídia livre produz memória audiovisual sobre coletivos, iniciativas, pessoas e instituições com ações de cunho sociocultural nas periferias da região metropolitana do Rio de Janeiro

O Canal Plá lança, em primeira mão no Circo Voador, o mapa que identifica 100 pontos de produções e ações artístico-culturais com material audiovisual nas regiões mais periféricas do Rio neste sábado, 24 de setembro, às 18h. O levantamento, o reconhecimento e a divulgação dessas iniciativas são de extrema importância para trazer à tona a efervescência cultural que, também, acontece antes do Rebouças e continua sendo pouco conhecida e recebendo ainda menos visibilidade. Coletivos, grupos, artistas, ativistas e até mesmo produções individuais estão identificados no mapa como, por exemplo: ”Norte Comum (Benfica/ RJ)”, ”AfroFunk Rio (Lapa/RJ)”, ”Cineclube de Guerrilha da Baixada (São João de Meriti/ RJ)”, ”Instituto Enraizados (Nova Iguaçu/RJ)”, ”Grupo Tá Na Rua (Centro/RJ)”, ”Terreiro de Ideias (Duque de Caxias/RJ)”, ”Sarau do Alemão (Morro do Alemão/RJ)”, ”Centro Cultural Donana (Belford Roxo/RJ)”, ”Leão Etíope do Méier” e ”Museu da Maré”. Na ocasião, o Plá responde pelo espaço de cineclube do evento apresentando suas produções, cinco mini documentários: ‘FavelAldeia – Nossas Lutas São As Mesmas’, ‘Ato Contra o Fim da LGBTfobia’, ‘#OcupaCairu’, ‘Mães em Cárcere (Semana do Bebê) e ‘Ser Mulher e Tornar-se Negra (BuraKbela)’.
canal-pla-2As primeiras filmagens – experimentações audiovisuais – começaram em julho de 2015 e o primeiro mini documentário  foi lançado em agosto do mesmo ano, com quatro diferentes coberturas e uma videoarte. De lá pra cá, foram produzidos sete mini documentários, um videoclipe, uma videoarte, quatro entrevistas e um debate. Para uma das curadoras e ‘cartógrafa afetiva’, Bia Pimenta, o projeto convida cada um a fazer seu próprio mapa, exercitando o olhar do que há de beleza e arte na sua trajetória pessoal. ”Acreditando que o mapa não é o território, convido-os ao passeio por esse espaços, seja através dos vídeos, seja visitando esses pontos apontados, que foram atenciosamente pesquisados”, completa a produtora.
Um dos aspectos do canal é preservar no registro a essência do evento ou da ação. Para isso, quem conta a história são os produtores, intervenções e público, fugindo do modo tradicional e acadêmico de se fazer jornalismo, onde a presença e a locução do repórter são fundamentais. Para o idealizador da iniciativa, José Alsanne, a ideia é explicar que mostram os eventos e ações de uma maneira mais orgânica e próxima da realidade. “O conteúdo final se aproxima da efervescência cultural e preza que o afeto entre esses coletivos sejam transmitidos da forma mais orgânica possível”, conta. “Queremos criar narrativas e histórias a partir desses encontros. Sempre que vou registrar uma ação, saio com dezenas de outras na agenda”, completa.
O canal tem parceria com o selo musical Pirão Discos, o coletivo LGBT Baphos Periféricos e o coletivo de produção cultural Ryzoma – todos da Baixada. A produtora da Ryzoma, Luana Pinheiro, destaca a produção de memória. “A gente tem uma falta, não só na Baixada, na questão da memória, do que a gente produz. Por isso é tão importante uma iniciativa que registre o que os movimentos estão fazendo, o que a rede cultural independente está produzindo. Por isso a Ryzoma apoia esse projeto”, comenta.
Além das atividades culturais, o Plá registra mudanças sociais dos territórios. O projeto acompanhou durante um mês o processo de construção de uma praça no Morro do Alemão, Zona Norte do Rio. A iniciativa partiu da própria comunidade local, em conjunto com o Instituto Raízes em Movimento e os alunos de arquitetura da UFRJ. A praça foi construída em um espaço deixado pelas obras inacabadas do Programa de Aceleração do Crescimento na favela. A praça foi finalizada e a primeira etapa apresentada no episódio piloto do Canal.
* 8ª edição da MoLA (Mostra Livre de Artes) que acontece no sábado, 24/09.
O projeto, criado pelo Circo Voador em 2005, segue incorporando um cenário artístico contemporâneo de todo o Brasil. Para compor a edição atual, foram recebidos 1085 inscrições artísticas do país inteiro.
Serviço:
MoLA 2016 – Mostra Livre de Artes
Dia: 24 de setembro
Abertura dos Portões: 18h
End:: Rua dos Arcos, s/nº
 
Até às 20h: ENTRADA GRATUITA
 
Ingressos a preços populares – após às 20h ou antecipado:
R$ 15 (meia-entrada para estudantes, menores de 21 anos e maiores de 60 anos)
R$ 15 (cliente Odeon que apresentar ingresso de algum filme do cinema ou cliente Clube Sou + Rio)
R$ 15 (ingresso solidário válido com 1kg de alimento)
R$ 15 (passaporte Olímpico)
R$ 30 (inteira)

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