Diomedes Chinaski homenageia Zé Brown, integrante do grupo de rap pernambucano que foi indicado ao GRAMMY de 2001

A versatilidade musical do rapper já não é mais uma novidade na cena. Quem foi em suas últimas apresentações ao vivo, teve a oportunidade de vê-lo  interpretando “Desde que o samba é samba” de Caetano Veloso.

Eterna Discussão é um projeto, encabeçado por três artistas pernambucanos: Cassiano Cacique, Diomedes Chinaski e Iara. 

“O projeto surgiu quando fui morar com Cassiano, não foi nada pensado.. Duas pessoas que fazem música com um Home Studio em casa, é um parque de diversões… Sempre enxergamos como uma brincadeira de amigos e quando nos demos conta, tínhamos algumas músicas prontas. Cassiano é da minha equipe e tem o seu trabalho solo também, mais diverso. Eu sempre estava por lá enquanto ele trabalhava em suas músicas. Uma dessas ele me  mostrou, e era a ideia de homenagear Zé e terminamos de escrever. Já Iara, é uma cantora recifense de quem sou amigo há longas datas e quando a apresentei ao Cassiano, decidimos que não poderia ser ninguém além dela para imprimir a sonoridade que queríamos nessa canção”. Conta Chinaski, que informou estar trabalhando no seu disco, previsto para o início de novembro.

Zé Brown é um MC pernambucano, integrante de um do primeiros grupo de rapper do Brasil, que surgiu nos anos 90, auge do movimento manguebeat. Quem é da década  com certeza lembra que junto com Chico Science, o rap do Faces do Subúrbio rodou o mundo. Com elementos regionais misturados a cultura do Hip-hop, o grupo foi indicado ao Grammy de 2001, na categoria Melhor Álbum de Rap, competindo com Planet Hemp e Sindicato Argentino del Hip-hop.

Pioneiro em visibilidade no rap pernambucano, Faces do Subúrbio nasceu no Alto José do Pinho, em Recife, no ano de 1992, sob a liderança de Zé Brown e Tiger. Mais tarde, juntaram-se ao grupo Garnizé (baterista), Marcelo Massacre (baixista), Ony (guitarrista) e o DJ KSB.

Com a mistura de hip-hop, punk, embolada (ritmo tradicional do Recife), hardcore e repente.   

“Nossa indicação é a indicação do movimento do Recife. Tem que descentralizar o rap (do eixo Rio-São Paulo) e mostrar as bandas boas que existem aqui. Não se pode negar a cultura de um povo, é preciso mantê-la viva”, afirmou Garnizé. Depoimento de um dos integrantes do grupo para um jornal local, na época do Grammy. As dificuldades estruturais e limitações ainda continuam as mesmas até os dias atuais. As pautas abordadas por Chinaski em sulicídio e as reivindicações da cena nordestina ainda são as mesmas de 20 anos atrás.

O vídeo foi publicado no canal do peixe Barrigudo, canal que exibe conteúdos autorais. Idealizado por Joel Dias e Victor Cali, o canal tem edição semanal e, a cada semana, um projeto diferente é apresentado. As publicações seguem o padrão de uma sequência com três vídeos. O projeto que conta com estes três artistas pernambucanos teve seu primeiro vídeo publicado hoje, e nas próximas quarta e sexta serão publicados os demais!

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