Ser mulher favelada é resistir dia a dia!

Por Gizele Martins São os muros que nos cercam, são os tiros que atingem os nossos filhos, são as nossas casas que nos são tiradas dia a dia, somos arrastadas pela polícia. Ser mulher e favelada é lutar e resistir diariamente a uma vida que nos obrigaram a ter só por causa do espaço que nascemos, moramos e da cor que esta maioria tem. Ser mulher e favelada é ser obrigada a lutar diariamente porque a escolha de ficarmos caladas, esta nunca foi nos dada, já nascemos para gritar, nascemos literalmente gritando contra esta sociedade desigual! Descer o morro, andar pelas ruas da favela, resistir às upps, aos tanques guerra, a falta de saneamento e calçadas que não existem, já é uma enorme

De Favela Pra Favela – novo single de Guilherme Rimas

Guilherme Rima apresenta mais um single de álbum que e chamará “Rep de Favela”, estamos falando da música ''De Favela Pra Favela''. O single conta com a participação do professor Macarrão. A música conta o cotidiano difícil e o quanto o Rap é Importante nessa luta a favor dos direitos de quem dele participa! Guilherme Rimas no seu verso canta sobre a dificuldade de adaptação que nossas favelas passam após o projeto de UPPs e ainda sobre as covardias diárias, preconceitos e falta de preparo dos policiais onde só faz esse projeto desandar a cada dia. já o rapper macarrão dispensa comentários em seu verso abrangendo mais claramente o rumo que o rap vem tomando no rio de janeiro e o

Visionário’s Rap – o gritos das ruas de Paraisópolis

Nascido na cidade de São Paulo, residindo na segunda maior favela da capital, Jefferson teve seu primeiro contato com o rap dos Racionais Mc's nos anos de 1990 (homem na estrada), (fim de semana no parque) entre outras.  Nos anos 2000 conheceu Sergio,  Abraão e Reury onde ali surgiu o grupo Raciocínio Trágico onde gravaram um single, porém o mesmo não chegou ser lançado. Através de seu pai Jefferson conheceu Pabion onde faziam o mesmo trajeto do trabalho para casa na região de Embu das Artes. Com o tempo fizeram a primeira participação no grupo de Pabion Voz e Consciência, com o passar do tempo responsabilidades foram aparecendo e o tempo ficando escasso e por essa razão se afastaram. No final

Um ano da chacina na Maré!

Por Gizele Martins Já era fim de tarde quando moradores e moradoras tomaram algumas ruas, ocuparam o asfalto e foram cobrar, gritar por direitos, tais direitos que nunca tiveram. Mas, como sempre acontece, estes moradores foram silenciados, calados, jogados para dentro da favela a base de muito tiro, tiro este que não era de borracha, era de fuzil. Tais balas atravessaram o corpo de mais de 10 moradores e moradoras daquela favela por uma noite inteira. Foi noite de terror, foi noite de lágrimas de sangue, noite em que favelados e faveladas eram arrancados de suas casas e foram exterminados, executados, era a chacina da Maré. Amanheceu, e tudo estava fora da normalidade, só ouvíamos tiros, tudo fechado, tudo literalmente silenciado, fomos às

Da Copa aos Votos!

Por Gizele Martins [dropcap color="#660000" font="arial" fontsize="40"]H[/dropcap]á exatamente um ano estávamos pelas ruas do Rio de Janeiro gritando contra a opressão do Estado, contra o extermínio de pobre, contra as remoções e todos os outros problemas consequentes desta tal Copa do Mundo. Historicamente vivenciamos em nossas favelas a opressão deste Estado, de uma sociedade dividida entre ricos e pobres, e que para o seu sustento, necessita fazer de nós favelados - os culpados por apenas existirmos - somos meros trabalhadores do capital.  Hoje, o povo grita Gol, está na frente da TV de verde e amarelo assistindo a Copa das Copas. O nacionalismo e o futebol estão estampados no peito e com o grito na garganta preparado para a tão esperada hora