COMO SE FOSSE DA FAMÍLIA – no minidoc duas empregadas domésticas falam sobre trabalho, vínculos familiares, afeto e direitos.

Por Alice Riff e Luciano Onça Áurea e Vander, domésticas a vida inteira, refletem sobre a nova lei que regulamenta a sua profissão neste vídeo co-produzido pela Pública Aos 64 anos, Áurea é aposentada por problemas nos joelhos, que dificultam sua locomoção. Vinda de Feira de Santana, na Bahia, passou a maior parte da sua vida trabalhando para uma única família – foram 24 anos – em São Paulo. Cuidava dos afazeres domésticos e da criação dos filhos dos patrões, desde muito pequenos. Hoje, longe da família que a empregava, mora em Taboão da Serra, na grande São Paulo. Vanderlea, conhecida como Vander, começou a trabalhar como doméstica aos 14. Com o consentimento de sua mãe, que veio com ela de Juazeiro, na

Documentário “Doméstica” partilha olhares sobre relações de afeto e poder

O amor [entre família e empregado] é verdadeiro, mas é perverso", diz o diretor Gabriel Mascaro SINOPSE Sete adolescentes assumem a missão de registrar por uma semana a sua empregada doméstica e entregar o material bruto para o diretor realizar um filme com essas imagens. Entre o choque da intimidade, as relações de poder e a performance do cotidiano, o filme lança um olhar contemporâneo sobre o trabalho doméstico no ambiente familiar e se transforma num potente ensaio sobre afeto e trabalho. O documentário tem a direção de Gabriel Mascaro e já foi escolhido para o Festival IndieLisboa, o Festival de Cinema Independente de Buenos Aires e para o Festival Internacional de Documentários de Amsterdam, além do Festival de Brasília. Confira o trailer