Que a curiosidade e a banca de apostas estão em ebulição, nenhum cientista político, sociólogo ou curiosos como eu, podem negar.
O ano que veio a passar por entre os brasileiros deixou um legado?
Há um comum acordo sobre o que foi e o que virá a ser? Mas será que virá a ser? No sentido de continuidade e constância? O silêncio parcialmente instalado, na verdade está mais para o abafamento do som que ainda ecoa nas periferias brasileiras via movimento de bases, é um sinal de um recuo estratégico, para o retorno ao centro?
O que se esperar do ano de 2014, mas alguém está esperando algo dele?
Houve mesmo uma prévia do que será que será?
O ano de 2013 foi marcado por muitas promessas e poucas efetividades, o que se efetivou foram escândalos políticos, inflação e privatizações, que em longo prazo foi o que deu ao aumento da taxa do transporte o estopim de um levante popular. Que nem mesmo o movimento que dele tomava a frente botava a fé.
Será que o cenário pré-concebido de 2014 pode nos sugerir algo?
As possibilidades várias por aí se esvaem e delas algumas mais nos apreendem do que outras. É o caso da dúvida eterna do logo ali de final de ano que nos traz aquele incômodo de saber se foi apenas um ano atípico o ano de 2013 ou se ele foi de fato um apontador para o que a sociedade como um todo acredita ser de fato a nação brasileira em relação a sua “passividade” diante todo um panorama quinhentista político de oligarquias que se confundem em setores públicos e privados, pois são eles todos de um conglomerado só. Viva a nossa democracia representativa que se instala como os parasitas nos grandes e belos animais silvestres.
O ensaio desses grandes grupos que tiveram uma aderência mais que positiva são bode expiatório dos oligarcas ou são pessoas, cidadãos brasileiros, que com toda a malandragem cristalizada por nossa literatura e música estão apenas esperando a deixa para entrarem em cena novamente?
Mas, ainda, será que a população carece desses movimentos para se rebelarem na propícia hora contra toda a forma de barbárie que executa o Estado e por sua vez o governo? Qual a importância dessa organização para ir-se a rua? Estava sobre controle destes movimentos a tomada das ruas por milhares de cidadãos brasileiros país a fora?
E essa gente? Regressará? E se regressar será por meio de um movimento ou por meio de uma revolta que como disse está pré-concebida no cenário deste ano que virá?
Deve-se criar expectativas?
No país em que tudo acaba em samba e tudo por sua vez é motivo de estagnação, será que será também cristalizado o pensamento e a práxis da revolta?
O que está por vir, se é que está, será pela nação suportada e levada às últimas consequências?
Entre infinitas perguntas eu desejo aos polifônicos periféricos um ano de 2014 com o espírito de 2013 a todos.