O museu como arma de resistência e memória de uma favela

Por Denise Bergamo da Rosa Paralela a Avenida Nossa Senhora do Carmo, ao lado de um conjunto de apartamentos de classe média conhecido como “Belvedere”, á frente de uma barragem conhecida como Santa Lúcia, lá no alto, onde disputam espaços no aperto da passagem entre os becos e vielas: “kinder ovos” (coletivos que circulam na favela) carros, motos e gente, se chega ao “Beco da Santa Inês”. Neste Beco há, como venho vendo nesse curto espaço de tempo que ando pelos movimentos culturais nas periferias, um muro e nele um lindo grafite “esculpido” pelo artista da favela Santa Lúcia, o famoso “Pelé”, que identifica o Museu de Quilombos e Favelas Urbanos de Belo Horizonte, o “MUQUIFU”. Nele fui rever uma grande escritora,