Mestres do Viaduto – O FILME – documentário mostra duelo de MCs Belo Horizonte

Que escola frequenta um Mestre de Cerimônia? Poeta dos guetos, porta-voz de uma cultura, o MC aprimora seu flow e suas rimas numa escola que precisa ser na rua: para aprender a técnica e assumir o compromisso do RAP é preciso aprender a ocupar os espaços urbanos, contestar, dialogar e conscientizar-se sobre a história, os estilos e os elementos que constituem o movimento de resistência política, estética e filosófica chamado Hip Hop. Em Belo Horizonte, MG – Brasil, a realidade vivida por cada um é trazida para o centro da cidade, debaixo de um viaduto esquecido pela indolência da sociedade de consumo e do poder público e revitalizado pelo que acontece ali: o Duelo de MCs. Semanalmente,um encontro marcado, num espaço marcado, um compromisso. Convivência de idéias,visuais, gerações. Lugar para

A Fuga da Estética Homossexual

Por Julio Mesquita O homossexual, (o personagem dessa história), nada mais é que o estereotipo de uma analogia psiquiátrica do século 20. Um autor brasileiro chamado Lúcio Cardoso (1913-1968) tratou a homossexualidade como um doloroso atestado de incompreensão. “Médicos, professores do futuro; exponho-me nu aos vossos olhos de certeza”, escreveu ele, sintetizando sua posição de rejeitado. Crítico e autodestrutivo, Cardoso via na trajetória desses profissionais, o sarcasmo com a causa alheia e o pouco caso com as deficiências didáticas em se falar do tão emblemático assunto. Com sua observação pessoal de quem sofria na própria pele, Cardoso se esforçou para exprimir uma explicação “simplória” para sua homossexualidade, da qual nunca afastou seus ideais religiosos. Menos dogmático que Cardoso, o furioso Oscar Wilde