DICAS DE LIVROS – Águas da Cabaça – Elizandra Souza

DICAS DE LIVROS – “Periferia pura”. Por Jéssica Balbino A obra: ÁGUAS DA CABAÇA Autor: Elizandra Souza Resenha Escritora foge da fórmula  “mais do mesmo”, aposta na feminilidade e traz obra completa Tem o frescor da água bebida na cabaça. A fertilidade das sementes que gingam dentro dela. A feminilidade aflorada que só o fruto da poesia pode trazer. É preto. É colorido. É pulsante. Como a vida. É dolorido, como todos os preconceitos que atravessam os séculos. É doce como a esperança que brilha nos olhos das crianças. É o livro “Águas da Cabaça” de Elizandra Souza. Lançado em outubro de 2012, a obra com 137 páginas é o fruto do amadurecimento da autora como poeta, como mulher, como representante da cultura negra. Delicioso de ser tocado, mas

Entrevista: conheça um pouco da poetisa Elizandra Souza

Nascida no ano de 1983 no bairro de Jardim Iporanga, periferia Sul de São Paulo, Elizandra viveu dos dois aos 13 anos em Nova Soure (BA), terra natal dos pais. No ano de 1996 retornou a São Paulo e conheceu o hip-hop. Criou um fanzine de poesias, começou a frequentar a Cooperifa no ano de 2004 e participou de um jornal experimental como o objetivo de dar voz à periferia – o “Becos e Vielas”. Em 2006, conquistou uma bolsa universitária pelo Prouni e começou a cursar jornalismo. Foi então que recebeu um convite da Ação Educativa para escrever a Agenda Cultural da Periferia. Confira a entrevista que a poetisa concedeu ao Polifonia Periférica. PP – Como vc começou a escrever poemas?

“Águas da Cabaça” é o novo livro de Elizandra Souza

Projeto literário envolve sete mulheres negras “Águas da Cabaça” é o novo livro da poetisa Elizandra Souza. Com ilustrações de Salamanda Gonçalves e Renata Felinto, a obra faz parte do projeto ‘Mjiba – Jovens Mulheres Negras em Ação’ e reúne textos de sete mulheres negras em diferentes protagonismos. “E é nessa cabaça que ela traz sonhos, esperanças e água/vida. Água essa que limpa e leva tudo que não for bom embora. A água que rompe barragens, faz nascer rios, corre para o mar e vira imensidão, o imensurável”, assim diz Mel Adún, em um trecho do prefácio da obra, que ao longo  das mais de 130 páginas, faz o leitor deparar-se com a alma pulsante da poesia negra e encanta-se com o concretismo de